segunda-feira, 15 de junho de 2009

Alunas: Daniela Lice Garcia Kelly Luana MolinariLivro: A dor de Amar
Autor: J.D. Nasio

Vamos então abrir um espaço para a Psicanálise neste blog,e falemos sobre A Dor de Amar.
Esse livro explora o mistério da dor de amar – seja ela causada por perda, abandono, humilhação... –, buscando entender o mecanismo daquilo que nos causa dor. Com 15 livros publicados pela Zahar, Nasio se destaca pela clareza e elegância com que consegue transmitir, inclusive para não-especialistas, conceitos complexos da psicanálise. "Chegou a hora do parto e Clémence deu à luz uma criança maravilhosa. Naquele dia, ela me telefonou, radiante, para participar o nascimento de um menino. Três dias depois, tive a surpresa de receber um segundo telefonema. Com voz surda e abafada, quase inaudível, ela disse: "Perdi o meu bebê. Morreu hoje de manhã na clínica."

Nasio nos mostra com clareza as dores que os seres humanos sentem em certos momentos da vida, os processos decorrentes dessa dor e os elementos que fazem parte dessa dor.

Convido você, leitor deste blog, para que prestigie a leitura do livro A dor de amar, e junto conosco entre em detalhes sobre alguns termos que Nasio cita no decorrer do livro, e procure ir mais a fundo nos conceitos utilizados pela Psicologia e a Psicanálise. A seguir algumas palavras do livro, com seus respectivos significados, para melhor entendimento no decorrer de sua leitura. INCESTO: Relações sexuais entre parentes próximos ou afins. Segundo, Freud, o incesto é sempre desejado inconscientemente. (Roland Chemama, 1995; pág. 105).FENÔMENO: O que se manifesta a consciência. Fato, aspecto ou ocorrência passível de observação. (Aurélio, 1999, pág 893).INIBIÇÃO: Limitações funcionais do eu, que pode ter origens muito diversas. O termo inibição algumas vezes adquire um sentido mais amplo. Assim, Freud lembra que se pode dar o nome de inibição à limitação normal de uma função. (Roland Chemama, 1995; pág. 109).

SINTOMA: Fenômeno subjetivo que constitui, para a psicanálise, não o sinal de uma doença, mas a expressão de um conflito inconsciente. (Roland Chemama, 1995; pág. 203).

ANGÚSTIA: Afeto de desprazer maior ou menor, que se manifesta, em um sujeito, em lugar de um sentimento inconsciente, na espera de alguma coisa que não pode nomear. (Roland Chemama, 1995; pág. 14).SUPERINVESTIMENTO: Investimento suplementar que se aplica a uma representação já investida. Para Freud, no inicio esse mecanismo desempenha um papel essencial no processo de atenção consciente. Uma representação pode ser investida apenas pela exigência pulsional. Para ser percebida conscientemente, deve ser ela objetivo de um investimento complementar de atenção. Se aplica tanto à realidade externa quanto à realidade psíquica. (Roland Chemama, 1995; pág. 733).

IMAGINÁRIO: É o domínio da imaginação criadora, que compõe representações sensíveis diferentes dos objetos reais ou das situações vividas. Sonhos, mitos, obras plásticas. Do ponto de vista psicanalítico menciona-se, além do sonho, a fantasia e o tema romance familiar. (Roland Chemama, 1995; pág. 410).

DEPENDÊNCIA: Estado de uma pessoa submetida a um ser ou coisa. (Norbert Sillamy, 1998).MEDO: Sentimento de grande inquietação ante a noção de um perigo real ou imaginário. (Aurélio, 1999, pág 1307).

GOZO: Diferentes relações com a satisfação que um sujeito desejante e falante pode esperar e experimentar, no uso de um objeto desejado. (Roland Chemama, 1995; pág. 90).

ALUCINAÇÃO: Percepção sensorial muito viva, acompanhada da convicção de sua realidade, por parte da pessoa que experimenta o fenômeno, e que ocorre na ausência de um apropriado estímulo sensorial externo. (Álvaro Cabral, 2001; pág 19).

LINGUAGEM: A linguagem nas suas diversas formas e estilos é o veículo da comunicação – aspecto fundamental no relacionamento entre as pessoas – estudado por diversos autores. (Freud, Bion, Lacan; 1995; Pág 251).PERVERSÃO: Etimologicamente, a palavra perversão resulta de per + verter (ou seja, por às avessas, desviar) designando o ato de o sujeito perturbar a ordem ou estado natural das coisas. (Freud, 1995; pág 323).

IMAGINÁRIO: O que só existe na imaginação; Ilusório; Fantástico. (Aurélio, 1999, pág 1077).

REAL: Aquilo que, para um sujeito, é expulso da realidade pela intervenção do simbólico. (Roland Chemama, 1995; pág. 182).DESEJO: A palavra desejo forma-se a partir dos étimos latino de, privação + sidus, estrela, o que alude a impossibilidade de alcançar e possuir uma estrela do firmamento, ou seja, a vontade do sujeito de obter algo que lhe está faltando, mas que está muito longe. (Freud, Lacan; 1995; pág 102).

ÓDIO: Termo bastante freqüente nos textos psicanalíticos. De modo geral, é descrito como derivado da pulsão de morte e como sinônimo dela. (Bion e oinnicoti; 1995; pág 303).

TRAUMA: O conceito de trauma está mais diretamente ligado a acontecimentos externos reais, que sobrepujam a capacidade do ego de perder processar a angústia e a dor psíquica que eles provocam. (Freud, 1995; pág 149).

FALO: O termo falo tem um significado de natureza simbólica, isto é, de poder. (Freud, 1995, pág 139).

CIÚME: Sentimento intimamente ligado à inveja, porém compreende uma relação de, pelo menos, mais outras duas pessoas envolvidas. (David, 1995, pág 69).

DESINVESTIMENTO: Retirada do investimento afetivo que estava ligado a uma representação, objeto, instância psíquica etc. (Freud, Vocabulário contemporâneo de Psicanálise, 2001; pág 104).

LUTO: Estado psíquico resultante da perda de alguém muito querido, que pode provocar dor e angústia. (Freud; M – Klein; Vocabulário contemporâneo de Psicanálise, 2001; pág 253).

SADOMASOQUISMO: Termo forjado por Freud a partir de sadismo e masoquismo para designar a existência concomitante das duas vertentes de uma mesma perversão, havendo entre ambas uma complementaridade simétrica e recíproca entre um sofrimento vivido passivamente e um sofrimento infligido ativamente ao outro. (Freud, Vocabulário contemporâneo de Psicanálise, 2001; pág 372).FANTASIA: O termo fantasia de modo genérico, significa imaginação. Psicanaliticamente, conceitua um elemento fundamental na estruturação do psiquismo de qualquer ser humano e constitui um fator primacial na etiologia das neuroses. (Freud, Vocabulário contemporâneo de Psicanálise, 2001; pág 141).

SÍMBOLO: Elemento das trocas e representações humanas, que aparentemente tem uma função de representação, sendo constitutivo, fundamental da própria realidade humana. (Roland Chemama, 1995; pág 202).

INCONSCIENTE: Conteúdo ausente, em um dado momento da consciência, que está no centro da teoria psicanalítica. (Roland Chemama, 1995; pág 106).

AMOR: Sentimento de apego de uma pessoa por outra, com freqüência profunda, até mesmo violento, mas cuja análise demonstra que pode ser marcada pela ambivalência e, sobretudo, que não exclui o narcisismo. (Roland Chemama, 1995; pág 12).

CONSCIÊNCIA: Na primeira tópica de Freud, lugar do psiquismo, que pode ser considerado como equivalente a um órgão dos sentidos. (Roland Chemama, 1995; pág 34).

PRAZER (princípio de): Princípio que rege o funcionamento psiquismo, segundo o qual a atividade psíquica tem por finalidade evitar o desprazer e buscar prazer. (Roland Chemama, 1995; pág 164).

SIMBÓLICO: Função complexa e latente que envolve toda a atividade humana, comportando uma parte consciente e outra inconsciente, ligadas à função da linguagem e, mais especificamente do significante. (Roland Chemama, 1995; pág 199).

OBJETO: Aquilo que orienta a existência do ser humano, enquanto sujeito desejante. (Roland Chemama, 1995; pág 150).








REFERÊNCIAS:

FERREIRA, Aurélio Buarque De Holanda, Novo Aurélio Séc. XXI: O dicionário da língua portuguesa/ Aurélio Buarque de H. F. – 3° Edição. Totalmente Revista e Ampliada. – Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999.

CHEMAMA, Roland – Dicionário da Psicanálise/ Roland Chemama; Trad. Francisco Franke Settineri – Porto Alegre; Artes Médicas Sul, 1995.DORON, Roland. FRANÇOISE, Parot. Dictionaire de Psychologie de Roland Doron e Françoise Parot – Tradução Odilon soares Leme- Presses Universitaires de France, 1991.

ZIMERMAM, David. Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise – Artmed Editora, Porto Alegre, 2001.

SILLAMY, Norbert. Dicionário de Psicologia. Artmed Editora – Porto Alegre,1998.

CABRAL, Álvaro. Nick, Eva. Dicionário Técnico de Psicologia – Editora Cultura, 12° Edição – São Paulo, 2001.